Por Ana Carolina Elias
A ficção científica é um gênero
difícil de definir. Há obras sobre os mais diferentes temas, nas mais
diferentes mídias. Uma coisa que a ficção científica sempre faz é tratar de
temas imaginários, geralmente envolvendo algum tipo de tecnologia e
escrito com algum tipo de ciência em mente. Eu reuni aqui os cinco nomes que eu
acredito poderem ilustrar o que o gênero tem de melhor, os mesmos que me
fizeram adorar esse tipo de história.
5. Star Trek
Não se pode escrever uma lista
como essa sem falar de Star Trek, também chamado de Jornada nas Estrelas. Mesmo
se você nunca viu essa série na TV, você já ouviu falar nela. Hoje os efeitos
parecem primitivos, e na época também podiam parecer (o “alienígena” de um dos
episódios é um cachorro pintado de rosa), mas essa série popularizou um
molde que originou inúmeras histórias depois dela. As viagens do Capitão Kirk
ou Picard e Spock podem ser aproveitadas ainda hoje pelo gênio dos episódios e
a criatividade da tecnologia. Sabe o tablet? Inspirado em Star Trek. O celular?
Aparece na série anos antes da sua popularização e pega emprestado um de seus
formatos mais reconhecíveis.
4.
Além da Imaginação
Além da Imaginação (originalmente The Twilight Zone) foi também uma
série de TV popular dos anos 60 de ficção científica e fantasia, que se
especializava em ser surreal. Cada episódio tinha personagens e situações
completamente diferentes, mas todos tinham um acontecimento, no final do
episódio, que mudava sua perspectiva sobre tudo que vinha antes. Originalmente
em preto e branco, a série foi revivida em 2002 por uma temporada. O que a
destaca é, em todos os episódios, a originalidade. Cada final é imprevisível e
surpreendente, algo difícil de encontrar na televisão hoje.
3.
1984
O livro 1984, escrito em 1949 por George Orwell, retrata o futuro pessimista e
distante no ano que lhe dá seu nome onde um governo totalitário monitora cada
movimento da população por sinais de rebelião. O livro faz uma crítica a
governos totalitários, mas é relevante em qualquer tempo e regime politico,
mostrando os perigos de uma sociedade que não valorize o direito à privacidade.
Orwell foi o criador de conceitos conhecidos como o Big Brother, quarto 101 e
dupla-fala. A escrita é ótima e a narrativa rica é repleta de críticas sociais,
fazendo do livro uma leitura extremamente interessante, porém não comece a ler
esperando uma história comum, com um final feliz.
2.
De Volta para o Futuro
Um dos temas mais explorados e mais fascinantes da ficção
científica é a viagem no tempo. A própria natureza do tempo, tão difícil de ser
entendida, abre espaço para inúmeras interpretações e especulações. Um dos
exemplos mais brilhantes dessas especulações é a trilogia de filmes “De Volta
para o Futuro”. A maioria das situações clássicas estão nesses filmes, do paradoxo de
prevenir seu próprio nascimento a loops estáveis ao efeito borboleta,
mencionados ou não no diálogo. Mesmo para quem não se interessa por esses
elementos, o filme continua sendo um clássico genial e imensamente divertido.
1.Isaac
Asimov
Talvez não seja justo colocar um autor em primeiro lugar, mas é
simplesmente impossível escolher entre seus livros apenas um. A primeira coisa
que é preciso entender sobre Isaac Asimov é que ele foi, pura e simplesmente,
um gênio. A segunda é que a adaptação de “Eu, Robô” para as telas do cinema não
só ignorou qualquer personagem ou enredo do livro, mas foi contra a ideia
principal de qualquer obra de Asimov: a tecnologia por si só não é algo ruim.
Escritor da série “Fundação”, “Eu, Robô” e mais de quinhentos outros livros,
Asimov se destaca por retratar o futuro não só como fundo para máquinas
tecnológicas, mas como uma sociedade moldada por essas máquinas. Ele é capaz de
retratar pessoas e culturas ao mesmo tempo completamente diferentes de nós e
completamente iguais. Se o passado é como outro país, o futuro é como
outro planeta mas a natureza humana não muda, e Isaac Asimov retrata
tudo inacreditavelmente bem.
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